quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fã transforma Maverick em Batmóvel

Eduardo Vilibor ganhou o carro 1974 como pagamento de uma dívida. Reformado, o veículo solta labaredas e participa de festas e eventos.

Entre os diferentes carros que circulam pelas ruas da Zona Sul de São Paulo, um em especial chama a atenção. Trata-se de um Maverick preto ano 1974. O que ele tem de diferente dos outros? Duas asas, uma turbina que solta labaredas de fogo de até 50 cm e escapamentos, espelho e câmbio em forma de morcego.

Com motor V8, essa máquina, que roda míseros 3 km/l, não saltou de uma história em quadrinhos, mas sim da garagem do gerente de pizzaria Eduardo Vilibor, de 42 anos.

Foto: Gabriella Sandoval/G1
Parte interna do porta-malas traz desenho da Mulher Gato (Foto: Gabriella Sandoval/G1)

Fã do Batman, ele ganhou o carro de um amigo há exatos 16 anos para saldar uma dívida. O que o novo dono não esperava é que gastaria mais de R$ 70 mil de lá para cá com rodas, asas, aerofólio, escapamento e spoiler, entre muitos outros itens que transformaram um simples Maverick em um super Batmóvel.

Dentro dele, tudo lembra o personagem: câmbio, painel, espelho, tapete, bancos e um som potente que não se cansa de tocar as músicas do filme. “Como o carro já era preto, muitos diziam que parecia um batmóvel. Foi aí que tive a idéia de reunir características de diversos modelos usados pelo Batman para deixá-lo com um aspecto futurístico”, diz Eduardo.

Foto: Gabriella Sandoval/G1
Batmóvel tem lanternas em forma de morcego. No carro, foram gastos mais de R$ 70 mil (Foto: Gabriella Sandoval/G1)
Foto: Gabriella Sandoval/G1
Com máscara trazida dos EUA, Eduardo segura um morcego de plástico (Foto: Gabriella Sandoval/G1)

Roupas originais

Super-herói nas horas vagas, Eduardo participa de eventos e festas infantis vestido de Batman. Capa, botas, luvas e macacão pretos são impecavelmente vestidos. Máscara e cinto vindos dos EUA ajudam a caracterizar o personagem, que também ganha lentes de contatos azuis.

A criançada entra no veículo e faz milhares de perguntas. A que ele mais ouve, obviamente, é: “Onde está o Robin?”.

Foto: Gabriella Sandoval
Multa na parede

Como Eduardo não tem superpoderes para se safar de multas, evita sair com o veículo. Ainda assim, certa vez um amigo dele, sócio de um clube que reúne colecionadores do Maverick, apareceu com fotos feitas por um radar eletrônico. “Um amigo dele trabalhava na área de captação de imagens e perguntou se ele conhecia o dono daquele Batmóvel que, na época, rodava com uma placa decorativa”, diz.

Desta vez, a multa veio em forma de presente, mas como ser sósia do Batman não é nada fácil, Eduardo também já teve que enfrentar uma perseguição. “Seguia em direção à Praça da Saúde para encontrar uma menina e passei devagar ao lado de um posto policial com os vidros pretos fechados. De repente, vi meu carro cercado por carros da polícia. Eles até subiram no canteiro de obras para me fechar. Quando parei, pediram para que todos descessem. Saí do carro sozinho, sem o Robin (brinca) e viram que eu não estava armado”.

Foto: Gabriella Sandoval/G1
Eduardo coleciona e enquadra cartazes que ganha dos filmes do Batman (Foto: Gabriella Sandoval/G1)

Filme

Colecionador de mais de 200 gibis do super-herói, Eduardo espera ansioso pelo novo filme “Batman – O cavaleiro das trevas”, que estréia dia 18 de julho nos cinemas.

Sobre o novo Batmóvel, ele confessa que ficou um pouco decepcionado. "Não sei se eles tiveram preguiça de inventar um Batmóvel, mas pegaram um tanque de guerra americano e simplesmente pintaram de preto. Naquele carro não foi feito nada", diz.

Em busca de uma heroína, Eduardo diz que a Mulher Gato faz mais seu tipo. "A Bat Girl é muito inocente. A Mulher Gato já usa chicote, tem unha afiada; é mais bacana", brinca.

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