O sargento do Exército americano André Araújo, 26 anos, filho de imigrantes brasileiros, sobreviveu a duas temporadas na Guerra do Iraque, mas não escapou de um acidente de carro na base militar onde vivia, no Texas.
Como conta sua mãe, Lélia Souza, que vive no estado de Massachusetts, André trafegava dentro da base com um amigo a quem dava carona para o seviço, quando um carro de propriedade das Forças Armadas desrespeitou um semáforo vermelho e atingiu seu veículo.
André foi hospitalizado e teve morte cerebral constatada no dia seguinte (1º de julho). Seu colega apenas desmaiou e não teve maiores ferimentos. O motorista do outro carro, que não era militar, também não ficou ferido. Segundo Lélia, ele teve amostras de sangue recolhidas para exame toxicológico e foi liberado porque André ainda estava vivo.
Ainda de acordo com Lélia, quando saíram os resultados indicando que o condutor estava sob o efeito de ecstasy, cocaína e maconha, ele já estava foragido. “O FBI está atrás dele”, afirmou, em entrevista ao G1, que foi informado do caso por um leitor, por meio do VCnoG1.
A mulher de André, Noelle, que é americana, está grávida de uma menina que deve nascer em setembro. Segundo a mãe, o jovem sempre quis ser militar. “Antes de completar 18 anos, ele pediu que seu pai e eu o autorizássemos a se alistar, mas não deixamos. Quando fez 18 anos, foi se alistar e só nos contou quando já estava feito”, recorda.
André não contava à família muitos detalhes sobre seu trabalho no Iraque porque não queria deixar os parentes preocupados. “Ele foi da primeira vez como fuzileiro naval, logo no início da guerra, e ficou nove meses. Da primeira vez, fiquei muito preocupada. Mas, da segunda, ele me ligava muito e fiquei mais tranqüila”, conta a mãe. O sargento voltou em abril após ficar 9 meses em missão em Tallil, a cerca de 300 quilômetros a sudeste de Bagdá.
Apesar de ter nascido nos EUA, André era brasileiro graças à nacionalidade dos pais. Foi registrado no consulado de Boston, falava português fluentemente e visitou o Brasil algumas vezes. “Temos uma fazendinha em Governador Valadares (MG)”, comenta a mãe.
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