A química Ineos Bio afirma que será possível usar lixo biodegradável municipal, lixo orgânico comercial e resíduos de agricultura, entre outros, para a produção do combustível. Segundo a empresa, a tecnologia já foi testada em um projeto piloto nos Estados Unidos.
"Planejamos produzir quantidades comerciais de combustível de álcool de lixo para ser usado como combustível para carros dentro de dois anos", afirmou Peter Williams, diretor executivo da Ineos Bio.
A transformação se opera em três estágios. Primeiro, o lixo é superaquecido para a obtenção de gás. Este gás é usado para alimentar bactérias anaeróbicas (biocatalizadoras) que produzem o álcool. No estágio final, o álcool é purificado para ser usado como combustível puro ou misturado à gasolina.
Produção de alimentos
A empresa alega que esta tecnologia tem a vantagem de não afetar a produção de alimentos. Uma tonelada de lixo seco pode ser transformada em cerca de 400 litros de álcool, informou a empresa.
"O fato de termos conseguido separar a segunda geração de biocombustíveis dos alimentos é um grande passo. Esperamos que a tecnologia garanta combustíveis renováveis e sustentáveis a um custo competitivo", disse Williams. A empresa, no entanto, precisará da cooperação dos governos locais para ter acesso ao lixo.
A Ineos ainda não anunciou a localização da primeira usina comercial de produção do álcool do lixo. O processo foi desenvolvido em Fayetteville, no Estado americano do Arkansas. As pesquisas começaram em 1989 e a primeira usina foi montada depois de 20 anos de trabalho. A fábrica está operando continuamente desde 2003, usando diferentes dejetos.
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