A polícia britânica está preocupada quanto ao possível uso inadequado de uma pequena faca chamada "wasp" (em português, "vespa"). Quando sua lâmina penetra em algum corpo sólido - uma melancia, como demonstra um vídeo que circula pela web - ela introduz uma cápsula de gás comprimido. A cápsula se rompe e o gás se expande até o tamanho de uma bola de basquete, imediatamente congelando e provocando um respeitável estrago em tudo o que estiver nesse raio de ação.
A Wasp foi originalmente desenvolvida para ajudar caçadores e mergulhadores a abater grandes animais selvagens (como ursos e tubarões) rapidamente. O site da fábrica (que fica nos Estados Unidos) não se envergonha de dizer: “Os efeitos do gás comprimido não só causam uma superinflação quando usada debaixo da água (o que, imagina-se, facilita a subida da presa à tona), mas também congela todos os tecidos e órgãos ao redor do ponto de injeção - na terra ou no mar”.
Se a proposta inicial já não era lá muito nobre, o que se teme agora é ainda pior: a possível proliferação da estranha arma pela internet (ao preço de 200 libras) por pessoas mal-intencionadas e doidos em geral.
Nos Estados Unidos, “wasp” é a sigla para “white anglo-saxon protestant” (protestante anglo-saxão branco). É usada para se referir aos membros das elites ou aos “legítimos” descendentes de linhagens britânicas - em oposição aos norte-americanos de origem hispânica ou aos trabalhadores mais pobres. A faquinha tem potencial explosivo até no nome.
Há um ano
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