segunda-feira, 28 de julho de 2008

Bebê deve ser enterrado na Inglaterra depois de 21 anos congelado

Um bebê morto aos quatro meses de idade deverá ser enterrado depois de passar 21 anos congelado em uma câmara mortuária de um hospital no norte de Londres, por causa de uma disputa sobre a causa de sua morte.

Christopher Blum morreu na mesma noite em que tomou uma vacina tríplice de rotina no hospital North Middlesex. A causa indicada no atestado de óbito é "síndrome da morte súbita", versão que não é aceita pelos pais. Eles afirmam que uma amostra de sangue retirada do bebê indicava uma infecção, que seria resultado de uma vacina contaminada.

Com a disputa, os pais se recusaram a assinar o registro de óbito, impedindo que o bebê fosse enterrado e fazendo com que o corpo permanecesse congelado na câmera mortuária desde então, a um custo de 15 libras (cerca de R$ 50) por semana.

Com autorização do Registro Geral, a subprefeitura de Enfield, onde funciona o hospital, registrou a morte de Christopher Blum sem a assinatura dos pais e entrou em contato com a família, pedindo que eles decidam até o dia 18 de agosto como querem o funeral e o que querem inscrito na lápide do túmulo.

"Nós reconhecemos que este é um assunto difícil e sensível para o senhor Blum. Mas, depois de 21 anos, acreditamos que Christopher deve agora descansar", informou a subprefeitura, que deve arcar com os custos do funeral.

Segundo a mídia britânica, o pai de Christopher, Steven Blum, estaria se preparando para apelar da decisão da subprefeitura na Alta Corte, como uma última tentativa de impedir o funeral.

Os jornais afirmam que o hospital alega que a amostra de sangue foi contaminada em laboratório, mas o pai reclama que outras duas amostras de reserva sumiram, bem como os órgãos do bebê.

Ele diz que simplesmente não aceita o registro de óbito porque a síndrome da morte súbita é apresentada quando não há uma causa estabelecida para a morte, o que, segundo ele, não seria o caso de seu filho.

Steven Blum se disse "enojado" com a situação, alegando que ainda não encerrou suas investigações. O caso dele chegou a contar com o apoio de uma organização de vítimas de acidentes médicos (Avma, na sigla em inglês). Seu pedido pela abertura de um inquérito, no entanto, foi negado.



Um comentário:

(6) capreta disse...

Ei, estava sumida porque na casa de minha mãe não tinha internet! =/
Vinte e um anos pagando 50 pilas por semanas? Ia parar para calcular, mas nem vou! Só sei que é MUITO dinheiro! Quem pagava? Os pais, o hospital ou o estado?

Abraço http://capreta.blogspot.com