O método, chamado Kaimin Katsugyo, usa acupuntura para paralisar peixes como o atum e o pargo e assim facilitar seu transporte ainda vivos.
A técnica foi desenvolvida há dez anos por Toshiro Urabe, um ex-carpinteiro de 52 anos que trabalhou na área de distribuição de pescados e hoje é presidente da empresa de logística, a Osakana Kikaku.
Urabe disse à BBC Brasil que a técnica permite manter o peixe fresco durante o transporte. "Restaurantes de sushi que não disponham de tanques especiais para manter os peixes vivos nos estabelecimentos podem receber o pescado ainda vivo numa simples caixa de isopor e prepará-lo diante dos clientes", afirmou.
Transporte
O peixe recebe uma simples picada de agulha para paralisar o seu centro nervoso e passa então a respirar muito pouco.
A possibilidade de paralisação do peixe sem o uso de substâncias químicas é ressaltada pela empresa da província japonesa de Oita, que já patenteou a técnica no Japão e nos Estados Unidos.
Com o método, disse Urabe, é possível transportar peixes vivos de avião por longas distâncias, algo que é muito comum no Japão, onde se pagam altos valores por peixes saboreados no sushi ou no sashimi.
Sem o método, o transporte aéreo, por exemplo, é mais difícil, porque exige uma bomba de ar motorizada para o suprimento de oxigênio, disse Urabe.
Segundo ele, uma alternativa à bomba é o uso de oxigênio sólido, em que há a necessidade de uma reação química com a água para liberar o oxigênio, algo também considerado inadequado por envolver substâncias químicas.
Urabe disse que a técnica despertou grande interesse na feira sobre peixes e frutos do mar Japan International Seafood Show, realizada esta semana em Tóquio.
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